Oralidade, ancestralidade e protagonismo foram temas de destaque na oficina “Memórias e EscreVivências”, comandada pela escritora Conceição Evaristo, no primeiro dia de WOW. Realizada no Museu do Amanhã, a oficina atraiu dezenas de participantes. Entre as atividades propostas, estavam a exibição de um filme e a leitura de um texto, ambos apresentando provocações sobre protagonismo na literatura. As dificuldades sobre o processo de aprendizado; a importância das subjetividades e outros saberes também foram levantados durante a oficina. No público, educadoras, professoras e professores da rede pública de ensino, jornalistas, e ainda uma maravilhosa surpresa – a filósofa, escritora e ativista Sueli Carneiro.
Conceição Evaristo nasceu na década de 1940, em uma favela de Belo Horizonte. Filha de uma lavadeira, precisou conciliar o trabalho de empregada doméstica com os estudos. Ainda assim, publicou diversos poemas, contos e livros. Criou o termo “EscreVivência”, que, segundo ela, é uma “tarefa intelectual-negro-feminina por excelência de renarrar criticamente o imaginário social hegemônico brasileiro”. Conceição Evaristo concorreu este ano a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, onde seria a primeira escritora negra.
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