A mesa mediada pela bióloga Julia Rossi, do Muda Maré, falou sobre a estreita relação entre a agroecologia e a mulher. A discussão foi completada por Beth Cardoso, técnica de tecnologias alternativas; Francisca Nascimento, militante do Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babuçu do Piauí; Verônica Santana, representante da Articulação Nacional de Agroecologia; e Maria Emília Pacheco, antropóloga e assessora da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase).
Na pauta central do Diálogo, a ligação das mulheres com a energia da terra. “Esse espaço é importante para mencionar que a mulher trabalha a semente, para que tenha qualidade; e o homem [a] planta. No final, só eles são considerados vitoriosos”, diz Verônica Santana. Colega de mesa, Francisca Nascimento comentou as relações de poder da agricultura familiar. “Além do agronegócio, a mulher, muitas vezes, precisa bater de frente com o vizinho agricultor. Por isso, a necessidade do investimento do trabalho do tema da agroecologia nas nossas famílias”, diz.
Outros temas abordados no Diálogo foram a maneira como, no processo do agronegócio, as mulheres se revelam lideranças fundamentais na defesa de direitos e como são vítimas imediatas dos efeitos das mudanças climáticas. “A mudança climática traz um trabalho excessivo para a mulher, pois ela que carrega água na cabeça, por distâncias enormes, enquanto o homem marca futebol e foge do compromisso”, denuncia Francisca Nascimento.
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