O primeiro dia da programação do Festival Mulheres do Mundo contou com um território de partilha sobre ciência e tecnologia. Com o título “Ciência é uma palavra feminina e feita por muitas de nós”, o espaço reuniu as histórias de mulheres que trilham caminhos nas áreas de programação, pesquisa científica, tecnologia social e indústria automobilística.
A tecnologista e empreendedora social senegaleza, Mariéme Jamme, tem como visão a formação de 1 milhão de meninas até 2030 por meio do movimento “I am the code”. A iniciativa mobiliza os governos e o setor privado para desenvolverem programas e políticas para capacitação de mulheres na área de programação. “Quando uma mulher é educada, ela é empoderada”, comentou Mariéme ao analisar a importância do envolvimento do público feminino nesta área.
A brasileira Joana D’Arc Félix, cientista e professora, ao contar sobre sua trajetória, ressaltou o papel da educação científica na construção do conhecimento. Alfabetizada com quatro anos de idade, ingressou na UNICAMP aos 14 anos e passou pela universidade americana Harvard. Atualmente, desenvolve tecnologias no segmento do couro em uma escola técnica em França com jovens em situação de vulnerabilidade social, por meio de projetos de iniciação científica. O laboratório possui 15 projetos patenteados em 30 países e mais de 100 prêmios.
Marie Sophie Pawlak é engenheira química e presidente da organização francesa Elles Bougent. A especialista contou sobre a experiência e os esforços junto à empresas para o direcionamento de processos seletivos mais inclusivos para mulheres. “Em um mundo onde os meninos são muito mais incentivados às áreas de ciência e tecnologia desde seus brinquedos e mulheres a atividades domésticas, é fundamental que os homens também se responsabilizem e tomem consciência da importância do empoderamento feminino”, pontuou.
A mediadora e palestrante Gabi Agustini é uma das fundadoras e diretora executiva do Olabi, um negócio social dedicado à apropriação de novas tecnologias. “Nós acreditamos na importância entre interligar as diversas áreas do conhecimento em um mundo onde a gente precisa cada vez mais conectar as pessoas e as habilidades técnicas para resolver os problemas sociais”, comentou Gabriela.
A mesa ajudou na compreensão de que, quando a gente as mulheres apropriam da tecnologia e da ciência, é possível transformar a realidade.
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