Para abrir o último dia do Festival Mulheres do Mundo foram escaladas duas potências femininas para conversarem sobre gênero, raça e feminismo: a jornalista, escritora e podcaster britânica, Reni Eddo-Lodge, e a mestre em filosofia política, feminista e pensadora brasileira, Djamila Ribeiro.
Um dos temas levantados por Dajmila Ribeiro foi o mito da democracia racial no Brasil, que, segundo a filósofa, dificulta ainda mais a abordagem e o combate do racismo no país. “No Brasil, as pessoas ainda têm dificuldade de entender o racismo como estruturante de todas as relações institucionais”.
Para a pensadora brasileira, o racismo no Brasil só é visto como tal quando é destinado a um indivíduo. A sociedade, no entanto, não compreende as políticas seculares e estruturantes que fizeram com que a população negra permanecesse sempre na base da pirâmide econômica, com menos oportunidades educacionais e profissionais e sendo maioria da população carcerária do país, entre outros problemas, como resultado de políticas e sistemas racistas.
A abertura do terceiro dia do festival foi realizada no auditório do Museu do Amanhã, às 10h, e contou com a presença de Jude Kelly, idealizadora do movimento WOW. “Este WOW no Rio está sendo excepcional”, elogiou Jude Kelly, antes de apresentar as debatedoras.
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